Designer cria embalagem biodegradável para esportistas

Quem pratica esportes de resistência, como correr ou andar de bicicleta, costuma consumir energéticos durante os treinos e as provas. A tentação de jogar fora o copo ou a garrafa plástica imediatamente é muito grande.

Pensando nisso, a designer norte-americana Lizzie Wright criou uma embalagem biodegradável para esportistas, chamada de Gone.

As embalagens tradicionais de géis energéticos são, em geral, feitas de plástico comum.

Entram para aquele imenso grupo das que são usadas apenas uma vez e, em seguida, descartadas. E que vão parar nas ruas, nos lixões, nos rios e nos mares.

 A embalagem biodegradável para esportivas Gone foi feita para ser consumida durante os treinos. Crédito: Divulgação

Já os “saquinhos” Gone são de bioplástico feito com uma mistura de amido de mandioca e batata.

Suco de limão, vinagre branco, glicerina vegetal e ágar-ágar, um tipo de gelatina feito de algas marinhas, entram na produção em sua composição.

  Amido de batata e mandioca, vinagre, suco de limão e ágar-ágar entram na composição e fabricação da embalagem. Crédito: Divulgação

Jogado fora, esse saquinho desaparece em poucos dias, por meio da ação da chuva ou mesmo de criaturas locais, afirma a designer.

Em seu site, Lizzie explica que, ao criar essa embalagem biodegradável para esportistas, ela pensou em como poderia alterar o conceito de “descartabilidade”.

Isto é, ela não queria abrir mão do instinto humano de jogar coisas fora.

O desafio maior foi dar a esse bioplástico a mesma textura e visual que a das embalagens tradicionais, que parecem atrair os consumidores.

Da mesma forma, esses géis são acomodados para venda em embalagens também compostáveis, feitas de papelão e mais bioplástico.

Para as vendas do produto, foi criada uma embalagem de papelão e bioplástico. Crédito: Divulgação

Assim, o Gone contribui para reduzir o volume de plásticos comuns, à base de petróleo, usados em produtos e embalagens descartáveis. Consequentemente, diminui a pegada de carbono e polui menos.

O ideal, claro, é não jogar fora essas embalagens, mesmo durante os treinos, e carregar até um local adequado para descarte, mesmo que sejam biodegradáveis.

Afinal, mesmo que permaneça na natureza por pouco tempo, não deixa de ser um tipo de lixo, certo?

→ Os temas publicados neste blog são de curadoria do presidente e CEO da GranBio, Bernardo Gradin.

 

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