A eletricidade que vem da cana

A cana de açúcar é fundamental para sustentar a energia elétrica do Brasil durante o período de seca

Como somos um país cuja matriz energética é fortemente baseada na energia hídrica, a eletricidade que vem da cana é uma importante aliada para manter o Brasil funcionando. Estima-se que 8% da eletricidade consumida no Brasil entre os meses de abril a novembro vem diretamente do bagaço da cana de açúcar. Esse período de seis meses é a época da safra de cana no Centro-Sul, região responsável por 90% da produção nacional, e coincide com a época de seca em todo o país.

A produção e processamento é constante para que nada seja desperdiçado: durante a época da safra, toda cana que chega as usinas é esmagada. De um lado, açúcar e álcool; do outro, a energia elétrica.

O estado de São Paulo produz aproximadamente 60% de toda a cana, açúcar e etanol do país, e o segundo maior é o estado do Paraná, com 8% da cana moída no Brasil. A produção é a terceira maior em área do país, atrás apenas da soja e do milho.

A energia elétrica proveniente do bagaço vem de sua queima em caldeiras nas usinas – queima essa que gera vapor, energia mecânica, térmica e então elétrica. A geração de energia pode chegar até 70 mil megawatts, o suficiente para abastecer uma cidade de pequeno porte por até três meses.

Em média, 40% da energia gerada é consumida nas próprias usinas, e os 60% restantes são vendidos para as companhias elétricas. 57% das usinas de cana no Brasil vendem essa energia excedente para o sistema elétrico durante esse período de secas.

“A geração a partir da biomassa da cana, por ela ser predominantemente no período da seca, de abril a novembro, coincidentemente período da safra, acaba poupando água nos reservatórios. O equivalente a ter poupado quase 15% da água nos reservatórios das hidrelétricas das regiões Sudeste e Centro-Oeste do Brasil”, disse Zilmar de Souza, gerente de bioeletricidade da Única.

Fonte: G1
→ Os temas publicados neste blog são de curadoria do presidente e CEO da GranBio, Bernardo Gradin.

Você também pode querer ler