COP24: países definem regras para implementar Acordo de Paris

Ambientalistas apontam falta de ambição dos signatários para cumprir metas

A 24ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP24), realizada entre 2 e 15 de dezembro de 2018 em Katowice, na Polônia, elaborou regras para o cumprimento do Acordo de Paris. Com a adoção dessas regras a partir de 2020, as nações signatárias deverão trabalhar juntas para enfrentar o aquecimento global.

Foram 13 dias de reuniões para que os 150 países participantes chegassem a uma decisão unânime em um documento final. Pelas medidas aprovadas, todas as nações, incluindo os países em desenvolvimento, devem detalhar os esforços em curso para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. O primeiro relatório deve ser apresentado até o final de 2024.

Outra decisão é que as nações industrializadas informem às Nações Unidas a ajuda financeira que planejam fornecer aos países em desenvolvimento. Esses relatórios devem ser apresentados a cada dois anos.

O “livro de regras” e as diretrizes receberam críticas: ambientalistas apontam que falta ambição para cumprir o combinado no Acordo de Paris, consequência da oposição de países como Arábia Saudita, os Estados Unidos, a Rússia e o Kuwait.

A decisão sobre como deveria funcionar um sistema de comércio de emissões de carbono foi adiada para a próxima edição do evento. O Chile será o país-sede da COP25, marcada para o período de 11 a 22 de novembro de 2019. Inicialmente, a conferência estava prevista para ocorrer no Brasil, mas o governo brasileiro abriu mão da organização do evento justificando restrições fiscais e orçamentárias.

Os países também concordaram em considerar a questão de elevar as ambições em uma cúpula da ONU em Nova York, prevista para setembro deste ano.

Considerada o maior fórum global para assuntos relativos ao clima, a conferência de 2018 terminou com compromissos considerados vazios e pouco ambiciosos na visão de ambientalistas, deixando o questionamento: é possível conciliar interesses políticos nacionais e a proteção do meio-ambiente global?

Fonte: G1
→ Os temas publicados neste blog são de curadoria do presidente e CEO da GranBio, Bernardo Gradin.

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