Aquecimento global aumenta de casos de dengue América Latina

Estudos apontam que ter atenção ao controle do aquecimento global pode evitar milhões de casos de dengue, principalmente no Brasil.

O aquecimento global está relacionado com várias questões que envolvem diretamente a saúde do meio ambiente e também a saúde humana, inclusive com uma descoberta recente a respeito da dengue. Sim, é isso mesmo que você leu: um estudo divulgado pela publicação científica “Proceedings of the National Academy of Sciences” apontou que o controle do aquecimento global pode, por exemplo, colaborar na redução da dengue, doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.

Aquecimento global é, basicamente, a mudança climática. Ele acontece da seguinte forma: a concentração de gás carbônico faz a atmosfera reter mais calor do sol, o que causa o efeito estufa. Com isso, há um aumento de temperatura global.

É por conta disso que, desde o final do século XX, os países tentam se alinhar ao Acordo de Paris, assinado em 2015 durante a cúpula da Organização das Nações Unidas (ONU), para reduzir suas emissões de gases nocivos e evitar que a temperatura do planeta ultrapasse o limite de aquecimento que ele pode suportar. O Acordo de Paris contou com a participação de 195 países da ONU e foi o primeiro do tipo na história. Em 2017, no entanto, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou que o país liderado por ele estava saindo do acordo.

Para pesquisadores de universidade localizada no Reino Unido, com atenção às mudanças climáticas seria possível então evitar mais de 3 milhões de casos de dengue por ano. Como? Reduzindo a temperatura global para 1,5°C. O benefício desse controle do aumento da temperatura global relacionado com casos de dengue teria resultados na América Latina e no Caribe, além de áreas onde o nível de aparecimento de casos de dengue ainda é baixo.

A dengue, vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, é uma doença tropical que, geralmente, provoca dor de cabeça, febre e vômito. Os casos de dengue têm maior incidência na América Latina e Caribe, por exemplo, porque o mosquito se adapta bem em ambientes de calor e umidade, características típicas dessas regiões.

Segundo estudo realizado pela Universidade do Estado do Mato Grosso, o Brasil seria altamente beneficiado por essa questão de controle das mudanças climáticas, chegando a evitar 500 mil casos de contaminação pelo vírus da dengue por ano até 2050.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, entre dezembro de 2017 e abril de 2018, já foram registrados 40 casos de morte por dengue no Brasil.

Fonte: G1

→ Os temas publicados neste blog são de curadoria do presidente e CEO da GranBio, Bernardo Gradin.

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