Primeiros computadores biodegradáveis começam a ser fabricados

Com carcaça em madeira e metais pesados bastante reduzidos, eles ainda consomem menos energia que aparelhos similares

A difusão de aparelhos eletro-eletrônicos gerou uma das indústrias que mais tem desafios com relação à sustentabilidade e preservação ambiental. Computadores, notebooks, smartphones e outros gadjets são feitos de plásticos e metais que nem sempre são devidamente destinados à reciclagem e, por isso, engrossam a lista de poluição do meio ambiente.  

Diante deste desafio tecnológico e sustentável, a empresa irlandesa MicroPro e o instituto alemão IZM fizeram uma parceria que originou a primeira geração de computadores que prometem ser sustentáveis e feitos com material biodegradável. A criação foi batizada de “iameco” – que se lê como a frase em inglês “I am eco”, que significa “eu sou eco”.

Neste projeto, a carcaça dos aparelhos é feita em madeira e os metais pesados que normalmente encontramos nestes produtos foram reduzidos ou substituídos por alternativas mais sustentáveis. O plástico, por exemplo, deu lugar a um material elaborado  a partir de cinzas naturais. Os parceiros já desenvolveram dois equipamentos, um deles é o computador touch screen iameco v.3, que custa 850 euros, e o notebook d4r, cujo preço ainda não foi divulgado.

Para que a inovação possa dialogar com a tecnologia mais tradicional, os modelos também utilizam componentes convencionais, justamente para permitir reparos e manutenção. Assim é possível garantir maior vida útil aos aparelhos e, consequentemente, menos descarte.

Por esse mesmo motivo, um dos dispositivos foi desenvolvido em módulos, o que permite que seja adaptado às tecnologias futuras por meio de troca de peças. Além dos computadores, também já estão disponíveis periféricos, como teclados e mouses.

De acordo com o fabricante, a estimativa é de que o ciclo de vida útil dos produtos é de dez anos. Outra vantagem é econômica e que também se alinha com o propósito sustentável: seu consumo de energia é de apenas um terço comparado aos computadores similares.

Somado a todas essas inovações, ao se voltar para uso de materiais como madeira, a empresa irlandesa também pode estar contribuindo para novas tendências estéticas de design de produtos. Um dos grandes objetivos do consumo sustentável.

Fonte: Hypeness
→ Os temas publicados neste blog são de curadoria do presidente e CEO da GranBio, Bernardo Gradin.

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