Inovação na educação: até onde vai o impacto?

Estudo aponta onde, como e qual a efetividade das inovações em sala de aula

Um novo estudo da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) mapeou o impacto de novas tecnologias e práticas na melhoria do aprendizado em diferentes países.

O estudo examinou 139 práticas de ensino fundamental e médio em bancos de dados como o PISA (Programa Internacional de Avaliação de Alunos), TIMMS (Tendências Internacionais nos Estudos de Matemática e Ciência) e o PIRLS (Estudo Internacional sobre o Progresso do Letramento em Leitura).

Mesmo sem ter informações sobre o Brasil, com o estudo em mãos, profissionais de políticas públicas podem saber o que está dando certo no exterior para uma tomada de decisões mais assertiva.

O documento parte de três perspectivas para avaliar inovações na educação: comparação com outros setores, identificação de mudanças significativas nos sistemas educacionais e construção de métricas para verificar a relação entre a inovação e as mudanças nos resultados.

Apesar das inovações serem moderadas, alunos de sistemas dentro da média da OCDE têm experimentando diferentes práticas de ensino e aprendizagem em comparação aos seus pares nos últimos dez anos. Entre uma das maiores mudanças, está a aquisição de conhecimento independente, já que mais estudantes usam computadores e podem buscar informações para ampliar as discussões em sala de aula.

Ainda que as inovações não estejam necessariamente relacionadas ao uso de tecnologia, o documento destaca que as TICs (Tecnologias da Informação e Comunicação) têm se apresentado como um importante motor de mudança.

Entre os professores, o relatório também apresentou mudanças nas práticas. A proporção de docentes que participaram nas últimas décadas de atividades de aprendizagem entre pares aumentou, enquanto o treinamento formal permaneceu estável.

Ao indicar o que impulsiona a inovação, o documento aponta seis fatores de destaque:

1) Recursos humanos;
2) Organização de aprendizagem;
3) Tecnologia;
4) Regulação e organização do sistema;
5) Pesquisa educacional;
6) Desenvolvimento educacional.

Em suma, o documento aponta que a inovação não deve ser vista como um fim, mas como um meio de melhorar resultados educacionais. Em média, os países avaliados que mudaram suas práticas pedagógicas conseguiram melhorar os resultados acadêmicos dos estudantes e aumentaram o nível de satisfação e diversão na escola. Mensurar a inovação e entender como ela funciona é essencial para melhorar a qualidade dos sistemas de educação.

Fonte: Porvir
→ Os temas publicados neste blog são de curadoria do presidente e CEO da GranBio, Bernardo Gradin.

Você também pode querer ler